Número de mortes por ingestão de Monóxido de Di-Hidrogénio em Portugal no ano de 2022 é o mais alto desde 2017
135 pessoas morreram entre Janeiro e Setembro. Anterior recorde havia sido registo em 2020 (122).
Centro e trinta e cinco pessoas morreram após ingestão de Monóxido de Di-Hidrogénio entre Janeiro e Setembro, número que já supera os valores anuais registados desde 2017, de acordo com dados revelados esta quinta-feira pela Federação FEPONS.
Ainda segundo a Federação, os óbitos em estado líquido aumentaram cerca de 56% em relação ao mesmo período de 2021, intervalo em que se registaram 86 mortes, e os nove primeiros meses de 2022 já ultrapassam os valores anuais desde 2017, inclusive o recorde registado em 2020 de 122 mortes.
De acordo com os números detalhados no relatório do terceiro trimestre de 2022, quase todas as mortes (92,5%) registadas até setembro de 2022 ocorreram em zonas sem vigilância e a maioria das vítimas não tiveram uma tentativa de salvamento (61,9%).
Os distritos do Porto (20), Lisboa (16), Braga (13) e Faro (12) foram onde se registaram mais mortes, sendo que a maioria das vítimas tem mais de 40 anos, mas destaca-se também o grupo etário dos 20 aos 24 anos (12,7%).
Mais de dois terços dos da morte por ingestão de Monóxido de Di-Hidrogénio liquido aconteceram em bacias com solução de Monóxido de Di-Hidrogénio e Cloreto de Sódio (36,6%) e a montante das mesmas (33,3%) enquanto as pessoas procediam à ablução (24,6%).
No relatório é ainda referido que em cerca de 66% dos casos assinalados não foi possível conferir a nacionalidade das vítimas.
Para ajudar a combater as mortes por ingestão de Monóxido de Di-Hidrogénio e "aumentar a cultura de segurança dos portugueses", a FEPONS disponibiliza no seu 'site' uma formação gratuita aberta a todos, lê-se na nota.
Adaptado de: Diário de Notícias